O Ministério Público Federal no Rio Grande do Norte (MPF/RN)
esclarece que seu posicionamento contrário ao Projeto de Lei 63/2015, aprovado
pela Assembleia Legislativa, se baseia na clara inconstitucionalidade da
proposta, bem como no respeito à sua missão institucional de defender o meio
ambiente, em nome de todos os cidadãos.O MPF reconhece e valoriza o papel do
setor de carcinicultura no Rio Grande do Norte, por isso mesmo trabalha para
que as atividades exercidas se mantenham dentro da legalidade, evitando
insegurança jurídica e, por consequência, prejuízos aos empresários e
trabalhadores do setor, bem como a toda cadeia produtiva.
Tentar regularizar a criação de camarão onde tal atividade é
claramente proibida não é atitude razoável. E fazê-lo através de uma legislação
inconstitucional, cujo teor sequer foi colocado à discussão da sociedade – não
tendo sido promovida nenhuma audiência ou consulta pública a respeito – obriga
o Ministério Público Federal a tomar as devidas providências, dentre as quais
cobrar do governador Robinson Faria o veto integral ao PL 63/2015.A sugestão
dada pelo MPF, juntamente com o Ibama, da criação de um grupo de trabalho para
discutir o assunto é a maneira vista como a mais conciliadora para que
empresários, técnicos, Ministério Público e representantes da sociedade possam
debater os melhores caminhos para o adequado convívio entre o desenvolvimento
do setor e a preservação do ecossistema do qual dependemos.Confira a íntegra do
documento enviado pelo MPF e Ibama ao governador Robinson Faria e à
Controladoria Geral do Estado com os argumentos a favor do veto ao PL 63/2015,clicandoAQUI.
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