Uma reunião para debater soluções para o superlotado sistema
penitenciário do Rio Grande do Norte causou desentendimento entre os
secretários, Edilson França, de Justiça e Cidadania, e Kalina Leite, de Segurança
Pública e Defesa Social. O encontro realizado nesta sexta-feira (24) também
contou com a presença de representantes da Justiça do Rio Grande do N "Quer
que o sistema pare de prender?", disse a secretária Kalina Leite em um
momento da reunião. Depois da afirmação da titular da Segurança Pública, o
secretário Edilson França levantou do seu lugar e disse: "Eu tenho
números. Tô dando números". O desembargador Cláudio Santos, presidente do
Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte fez sinal pedindo calma aos
presentes.
Em nota, a Sejuc negou 'mal estar' entre as secretarias do
governo. A pasta de Justiça e Cidadania também apontou quatro frentes de
trabalho para melhorar a situação do sistema prisional, atualmente com 10
unidades prisionais interditadas pela Justiça e proibidas de receber novos presos devido à falta de condições
estruturais e superlotação.Como medidas foram citadas mudanças estruturais;
reformas das unidades prisionais; novos investimentos em tornozeleiras
eletrônicas, equipamentos e criação de novas vagas no sistema prisional; e
ressocialização de apenados.
Reunião
Na reunião, que durou duas horas, foi apontada a necessidade
de revisão de todos os processos de réus presos. Outra medida é o
desenvolvimento de um software pelo TJRN que reunirá informações sobre o réu e
sua pena, permitindo aos juízes, promotores, defensores e advogados o
acompanhamento da execução penal. A ferramenta irá calcular e notificar
automaticamente sobre prazos para progressão da pena, comutação ou indulto.Atualmente,
dez unidades carcerárias no estado encontram-se interditadas pela Justiça para
o recebimento de novos presos devido à falta de condições estruturais e
superlotação. Os juízes da Execução Penal apresentaram as dificuldades
encontradas nas unidades prisionais e que interferem no trabalho jurisdicional.Já
o secretário estadual de Justiça e Cidadania, Edilson França, responsável pela
gestão do sistema penitenciário, apresentou as suas dificuldades para alocar os
presos diante das interdições e reformas de presídios
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