No último mês, seis modalidades de crédito tiveram alta dos custos de empréstimos para pessoas físicas. Julho foi o décimo mês consecutivo em que as taxas de juros registraram alta. Em média, a taxa subiu 1,73% - de 6,94%, em junho para 7,06%, em julho. Ao ano, a elevação foi de 141,93% para 143,55%. Os dados são da Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (Anefac).
A dívida do cartão de crédito é a mais elevada entre as linhas para a pessoa física, com correção de julho de 3,91%. Em junho, o consumidor pagava ao mês 12,54% e passou a pagar 13,03% em média. No ano, essa taxa avançou para 334,84%.
O Crédito Direto ao Consumidor (CDC) nos bancos, para a compra de automóveis, apresentou a segunda maior alta, de 0,95%, com taxa de 2,12% ao mês e 28,63% ao ano.
Cheque especial
No caso da taxa do cheque especial, os juros subiram na média 0,9% - chegou a 10,1% ao mês e 217,28% ao ano. Para obter empréstimo pessoal nas instituições financeiras, o consumidor pagou 0,79% mais, com taxa de 7,7% ao mês e 143,55% ao ano.
O menor avanço ocorreu no comércio, 0,38%. Os juros cobrados pelo setor giraram em 5,25% ao mês e 84,78% ao ano, em média.
Para as pessoas físicas, os juros subiram, em média, 0,74% - atingiu 4,06% ao mês e 61,22% ao ano.
De acordo com a Anefac, as instituições financeiras embutem nas taxas as prováveis perdas com o aumento da inadimplência, previstas diante do baixo crescimento da economia e da consequente elevação do desemprego. A entidade espera por novas elevações da Taxa Básica de Juros, a Selic.
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