A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira a Operação Afronta nos estados de São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Alagoas e Rondônia. A ação desarticulou uma organização criminosa que fraudava concursos públicos, especialmente do Poder Judiciário. A fraude foi descoberta em Sorocaba, durante o último concurso para analista judiciário e técnico jurídico na região. Até o momento, dez pessoas já foram presas. Os principais líderes do grupo residem em Alagoas.
Os criminosos fotografavam o caderno de questões com microcâmeras durante a prova. Após o tempo obrigatório de permanência na sala de aula, eles saem e passam as respostas aos candidatos por meio de um ponto eletrônico que se conecta ao celular.
Os candidatos pagam à organização criminosa dez vezes o valor do salário do cargo pretendido pelas respostas da prova, de acordo com a Polícia Federal.
Os investigados responderão pelos crimes de organização criminosa e fraude em certames de interesse público, que trata dos crimes contra a fé pública, e podem pegar de 4 a 12 anos de reclusão.
Para a investigação, a Polícia Federal usou o Sistema de Prospecção e Análise de Desvios em Exames, um software desenvolvido pela própria PF para apurar fraudes em concursos públicos e exames. Com os gabaritos dos candidatos que fizeram a prova, ele e varre as respostas em busca de coincidências e aponta os candidatos que apresentaram maior número de respostas idênticas, indicando se aquelas coincidências eram ou não esperadas.
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