O verão começou na madruga de segunda para terça-feira, de 21 para 22 de dezembro, no hemisfério Sul, e nesta temporada o El Niño – o superaquecimento das águas do Pacífico – estará com a intensidade máxima. No Brasil, a perspectiva é que ao menos quatro das cinco regiões do país devem ter temperaturas mais altas que o normal de janeiro a março.No mês de novembro, o El Niño já tinha feito com que as temperaturas no Leste e no Centro do Pacífico já estivessem 4.°C mais quentes em média, sinalizando a fase madura do fenômeno, que deve durar pelo menos até o início de janeiro. No meio de dezembro, anomalias de até 5.°C estavam sendo registradas.Esse ápice deve influenciar as temperaturas nos mesessubsequentes no Brasil, afirma o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos, ligado ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Cptec/ Inpe). Segundo climatologistas, apenas a região Sul do país não está em perspectiva de calor anômalo para o verão.
Chuvas
Do Rio Grande do Sul até o Vale do Ribeira, em São Paulo, porém, há perspectiva de chuvas além do normal no período. Já as regiões Norte e Nordeste têm uma perspectiva de trimestre mais seco do que o normal.
Tanto as anomalias de temperatura quanto as de pluviometria são sinais do El Niño, que em novembro já era o mais forte de todo o registro histórico, empatando com o de 1997/1998.No contexto que leva em conta o planeta inteiro, o ano de 2015 já havia batido por antecipação o recorde histórico de temperaturas, ainda em novembro, superando 2014. A marca se deve tanto ao El Niño quanto ao aquecimento global, afirmou a Organização Meteorológica Mundial (OMM).
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