Em seu discurso durante a solenidade de posse dos 40 novos
juízes substitutos do Tribunal de Justiça do RN, o desembargador Claudio
Santos, presidente da Corte, relembrou o percurso de mais de quatro anos até a
nomeação, com a superação de vários desafios, fiscais e financeiros. “Foram
exatos 1.233 dias, desde o lançamento do edital, até o dia de hoje”, apontou o
presidente do TJRN, ao destacar os ajustes que precisaram ser realizados, junto
ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas estadual.
Segundo o gestor do
TJRN, esse percurso se deu num contexto de crise, tanto econômica, quanto
financeira, em todo o país, e que não poderia deixar de ser sentida no TJRN.
Contexto esse que gerou a necessidade, por exemplo, de um Termo de Ajustamento
de Conduta com o MP e ajustes fiscais com a Corte de Contas.“Tudo isso foi
necessário diante dessa realidade que todos têm conhecimento, a fim de que o
certame e suas respectivas nomeações ocorressem no estrito limite legal”,
enfatizou Claudio Santos durante o discurso, pouco após a assinatura dos termos
de posse pelos 40 novos magistrados.Sobre o papel do magistrado, o presidente
da Corte de Justiça assinalou: “o verdadeiro magistrado não é simples árbitro
ou aplicador da letra fria da lei. Deve ser feliz sem complexos ou
preconceitos”.O presidente do TJRN lembrou que os novos empossados preencherão
as vagas em 35 comarcas, há vários anos sem juiz titular, situação que gera
acúmulo processual. Eles deverão atender 49 unidades judiciais das 210
existentes e que já contam com a atuação de magistrados.Claudio Santos recorreu
à literatura, para resumir o trabalho que os empossados encontrarão nos
próximos dias e meses. “O trabalho baterá nas suas portas, dia e noite, e que
eles não se neguem a fazê-lo”, disse o presidente do TJRN, citando Rui Barbosa.Ele
ressaltou ainda que os novos juízes terão que ter a mesma tranquilidade, tanto
para absolver, quanto para condenar, bem como serem livres de qualquer
preconceito, nem ter nada contra ricos ou pobres. “Em si, a tarefa é fácil, mas
para aqueles que têm vocação”, conclui o gestor do TJRN.
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