O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN)
recomendou ao diretor do Centro de Detenção Provisória de Patu que comunique à
Promotoria de Justiça desta Comarca qualquer ausência de apenado do regime
semiaberto ao pernoite na unidade prisional, inclusive àqueles que apresentarem
atestados médicos, tendo em vista que estes documentos não devem ser acolhidos
como justificativa de faltas sucessivas.Chegou ao conhecimento do MPRN, através
da análise de diversos processos judiciais, o constante descumprimento das
condições do regime semiaberto por parte dos apenados no Centro de Detenção
Provisória de Patu.
O fato é que as folhas de frequência dos apenados são
encaminhadas diretamente à Secretaria Judiciária de forma aleatória, após meses
de faltas sucessivas e injustificadas ao pernoite, não permitindo um
acompanhamento constante do cumprimento das regras do regime prisional.Para os
casos em que o apenado é acometido de grave enfermidade durante o cumprimento
do regime prisional, excepcionalmente, será concedida Prisão Domiciliar, após
minuciosa análise de laudos médicos fornecidos. Verificou-se, no entanto, o uso
indiscriminado de atestados médicos como forma de justificar o não
comparecimento sucessivo dos apenados à unidade prisional para o recolhimento
noturno.Conforme o disposto no art. 13 do Provimento nº 31/2008 da Corregedoria
Geral da Justiça (CGJ-RN), a fuga do condenado justifica a regressão cautelar
para o regime fechado, considerando-se foragido o apenado no regime semiaberto
ou aberto que não retornar, pelo prazo consecutivo de três dias, ao
estabelecimento determinado para cumprimento da pena.Desta forma, o MPRN
estabeleceu que o diretor deve enviar mensalmente à Secretaria Judiciária as
folhas de frequência dos apenados em regime semiaberto, a fim de viabilizar um
acompanhamento eficaz das Execuções Penais em trâmite na Comarca de Patu, bem
como possibilitar a adoção de medidas cabíveis em tempo hábil para evitar o
descumprimento contínuo e reiterado dos termos do regime prisional a que os
apenados estão submetidos.
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