sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Sociedade Brasileira de Mastologia cobra campanhas para aumentar mamografias

O Brasil tem quantidade suficiente de mamógrafos. Apesar disso, não consegue realizar o número adequado de exames para diagnosticar o câncer de mama. A conclusão é da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), que recomenda mais campanhas de conscientização, redistribuição de equipamentos e a realização de busca ativa por mulheres na faixa etária para fazer o exame.
De acordo com o presidente da Comissão de Imaginologia da SBM, José Luis Esteves, há uma sobra de aparelhos, "mesmo na rede pública, mas eles estão mal distribuídos. A maioria está nas regiões Sul e Sudeste. No Norte e Nordeste, têm menos". Esteves destacou a necessidade de levar mamógrafos às comunidades ribeirinhas e localidades distantes, onde mulheres têm de percorrer longas distâncias para realizar o exame.
Segundo ele, a principal medida deve ser a realização da busca ativa, com o cruzamento de dados para identificar mulheres que negligenciam o exame.
Pesquisas do SUS, do Programa de Saúde da Família e até informações populacionais poderiam ser usadas para redistribuir os mamógrafos para locais onde são realizados menos exames e localizar mulheres com mais de 40 anos que não vem realizando anualmente.
Conforme levantamento da SBM, das mais de 10 milhões mamografias esperadas pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca) para mulheres de 50 a 60 anos, apenas 2,5 milhões foram realizadas. Para Esteves, os motivos são muitos, entre eles desinformação, medo e falta de campanhas.
Em 2013, o governo do Canadá realizou uma pesquisa sobre o tema. Publicado ano passado, o resultado reforçou a necessidade de se investir na mamografia como instrumento de redução da mortalidade por câncer de mama. Quase três milhões de mulheres de 40 a 79 anos foram acompanhadas durante 19 anos. A consulta constatou uma redução de 40% na mortalidade de mulheres que fizeram anualmente a mamografia.

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