segunda-feira, 15 de junho de 2015

Vaticano vai julgar pela primeira vez um religioso acusado de pedofilia

O Vaticano vai realizar pela primeira vez o julgamento de um religioso acusado de pedofilia. Conforme foi divulgado nesta segunda-feira, o tribunal vai se reunir no dia 11 de julho para avaliar o caso de Jozef Wesolowski, ex-embaixador da Cúria Romana na República Dominicana.
Wesolowski está sendo formalmente acusado de manter relações sexuais com menores e posse de material de pornografia infantil.
De acordo com o Vaticano, os abusos teriam acontecido tanto em Roma quanto em Santo Domingo, capital da República Dominicana, entre 2008 e 2014.“O primeiro caso se trata da posse de material pedófilo, um delito que o Papa Francisco introduziu à legislação do Vaticano em 2013. O segundo caso diz respeito ao abuso sexual de menores, baseado em uma acusação interposta para as autoridades judiciais de Santo Domingo”, comunicou o Vaticano.A Santa Sé informou ainda que poderá analisar os computadores utilizados pelo religioso em busca de provas e “eventuais formas de cooperação internacional”.

OMISSÃO LEVA A DEMISSÃO DE BISPOS
Além do anúncio sobre o julgamento de Wesolowski, o Vaticano também revelou que aceitou a renúncia de dois bispos americanos acusados de proteger padres pedófilos. O arcebispo de Saint Paul e Minneapolis, monsenhor John Clayton Nienstedt e o adjunto, monsenhor Lee Anthony Piche renunciaram ao cargo depois de serem acusados por autoridades americanas de não proteger menores de idade de um padre da diocese preso por abuso sexuais.O Papa aceitou as “demissões” com base em uma disposição do código de direito canônico que estabelece uma sanção em caso de falta grave. O Vaticano anunciou na semana passada a criação de uma nova instância de direito canônico para julgar os bispos acusados de negligência ou de cumplicidade com sacerdotes que sejam culpados de abusos sexuais.

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