O Vaticano vai realizar pela primeira vez o julgamento de um
religioso acusado de pedofilia. Conforme foi divulgado nesta segunda-feira, o
tribunal vai se reunir no dia 11 de julho para avaliar o caso de Jozef
Wesolowski, ex-embaixador da Cúria Romana na República Dominicana.
Wesolowski está sendo formalmente acusado de manter relações
sexuais com menores e posse de material de pornografia infantil.
De acordo com
o Vaticano, os abusos teriam acontecido tanto em Roma quanto em Santo Domingo,
capital da República Dominicana, entre 2008 e 2014.“O primeiro caso se trata da
posse de material pedófilo, um delito que o Papa Francisco introduziu à
legislação do Vaticano em 2013. O segundo caso diz respeito ao abuso sexual de
menores, baseado em uma acusação interposta para as autoridades judiciais de
Santo Domingo”, comunicou o Vaticano.A Santa Sé informou ainda que poderá
analisar os computadores utilizados pelo religioso em busca de provas e
“eventuais formas de cooperação internacional”.
OMISSÃO LEVA A DEMISSÃO DE BISPOS
Além do anúncio sobre o julgamento de Wesolowski, o Vaticano
também revelou que aceitou a renúncia de dois bispos americanos acusados de
proteger padres pedófilos. O arcebispo de Saint Paul e Minneapolis, monsenhor
John Clayton Nienstedt e o adjunto, monsenhor Lee Anthony Piche renunciaram ao
cargo depois de serem acusados por autoridades americanas de não proteger
menores de idade de um padre da diocese preso por abuso sexuais.O Papa aceitou
as “demissões” com base em uma disposição do código de direito canônico que
estabelece uma sanção em caso de falta grave. O Vaticano anunciou na semana
passada a criação de uma nova instância de direito canônico para julgar os
bispos acusados de negligência ou de cumplicidade com sacerdotes que sejam
culpados de abusos sexuais.
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