O avanço da tecnologia faz com que as pessoas comecem a questionar até que ponto são úteis para seus empregos atuais já que as máquinas estão cada vez mais inteligentes e prontas para trabalharem incansavelmente sem a necessidade de receberem salários, benefícios e todo o resto que um humano precisa.
Tema da capa da revista norte-americana Wired, a invasão robótica do mercado de trabalho virou assunto com as novas tecnologias que estão sendo criadas todos os dias. Mesmo assim, a história de máquinas substituindo pessoas não é nova e é exatamente esse passado glorioso que pode dar um alívio nas esperanças de quem teme ficar desempregado no futuro.
Tudo começou em meados do século XVIII com a famosa Revolução Industrial. De lá para cá, 70% dos postos de trabalhos que existiam e eram ocupados por humanos foram extintos. No lugar da força manual imprecisa e lenta, veio a máquina perfeita e veloz. O trabalho no campo, como grande exemplo, agora é feito quase que exclusivamente por máquinas agrícolas que substituem com louvor os trabalhadores humanos.
E não é só nas lavouras que a máquina ganhou espaço. As fábricas hoje são totalmente dependentes da tecnologia. Mais recentemente, a industrialização também abraçou a cobrança de serviços, com o Sem Parar, por exemplo, o telemarketing, com atendentes virtuais no lugar pessoas e até entregas de correios que já começam a competir com drones.
Se à primeira vista parece desesperador, uma análise mais profunda acalma os mais ávidos. Tal com a extinção de funções antes imprescindíveis, novos cargos, postos de trabalho e empregos foram criados. Em 1850 dificilmente alguém imaginaria que existiriam fotógrafos, designers virtuais, engenheiros de automação industrial e até mesmo youtubers.
Ao mesmo tempo em que os postos de trabalhos tornam-se alvo dos robôs, novas profissões são criadas graças ao impulso tecnológico que a máquina gera.
A nova geração de trabalhadores metálicos já conta, inclusive, com um promissor funcionário, o robô Baxter. Criado por Rodney Brooks, o mesmo homem que inventou o Roomba, um aspirador de pó automático e autônomo que é sucesso de vendas nos Estados Unidos. O Baxter não aspira, mas é mais inteligente e promete ocupar postos e substituir os trabalhadores tradicionais em fábricas e indústrias.
Ao custo de US$ 22 mil, ele é capaz de executar com louvor tarefas simples e pode trabalhar lado a lado com pessoas já que foi projetado para identificar a presença humana ao seu redor e evitar qualquer tipo de acidente. Para “humanizar” a invenção, Brooks equipou-a com uma tela que exibe o desenho de olhos que indicam a direção para qual o robô está olhando.
Outra característica do novo robô é que ele não necessita de engenheiros de computação, de robótica ou de automação industrial para programa-lo. Basta guiar os braços no movimento de execução desejado e pronto. Ele gravou a sequência e irá repeti-la quantas vezes forem solicitadas.
Baxter é a prova que humanos e robôs podem caminhar e trabalhar lado a lado e que não devemos temer nossa substituição pelas máquinas perfeitas, mas abraça-la e criar novas possibilidades como bem fizemos séculos atrás.
Veja abaixo cinco motivos pelos quais os robôs podem (e devem) nos substituir no futuro:
Trabalho braçal
Em tarefas braçais a máquina é praticamente incansável, enquanto o homem tem necessidades básicas de descanso e alimentação.
Movimentos idênticos
Trabalhos que exigem movimentos repetitivos, como linhas de produção, por exemplo, são perfeitos para as máquinas que são ajustadas matematicamente para executarem suas funções em tempo calculadamente correto.
Novas possibilidades
Ao mesmo tempo em que a industrialização rouba empregos ela também cria novos trabalhos que estão cada vez mais ligados, mesmo que de forma tímida, com área tecnológica.
Custos reduzidos
A robotização tem seu preço e em alguns casos ele é bem alto dependendo da função que a máquina executa. No entanto na comparação em longo prazo e levando em conta a produtividade de cada um, a máquina pode se revelar uma pechincha.
Tempo de sobra
Máquinas são funcionárias exemplares. Elas trabalham de forma ágil e deixam seus patrões humanos com maior tempo para descansar e exercer a criatividade para inventar novos produtos, soluções e até mesmo novos robôs.
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