Uma nova técnica desenvolvida por cientistas da Universidade de Southampton, no Reino Unido, promete mudar a forma como armazenamos dados em estruturas físicas. A equipe conseguiu armazenar 360 terabytes de informação em um pequeno disco de quartzo usando lasers.
O mais impressionante, segundo os pesquisadores, é que a informação pode permanecer registrada no disco por 14 bilhões de anos. A técnica usa pulsos de laser de femtosegundo (utilizado em cirurgias de catarata) para criar camadas de nanoestruturas em um quartzo, o mineral mais abundante da Terra. O resultado, segundo os cientistas, lembra os cristais da "Fortaleza da Solidão", que, nas histórias em quadrinhos do Superman, armazenam todo o conhecimento da história do planeta Krypton.
Os dados são armazenados em cinco dimensões, segundo os cientistas: tamanho, orientação e outras três camadas de nanoestruturas separadas entre si por apenas 5 micrômetros (isto é, a milésima parte de um milímetro). Para experimentar a nova ténica, a equipe registrou diversas obras em pequenos discos de vidro, como a Declaração Universal dos Direitos Humanos e a Bíblia cristã.
Além de durar 14 bilhões de anos, o armazenamento sobrevive a temperaturas de até 190 graus celsius. Uma técnica similar foi desenvolvida em 2012, permitindo a cientistas armazenar 40 megabytes por polegada² - aproximadamente a mesma densidade de um CD de música. A ideia é que esse novo estudo ofereça uma maneira de guardar, em definitivo, a "história da humanidade".
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