O ex-pastor Evangélico Gilson Neudo Soares do Amaral, acusado de ser um dos mentores do assassinato do radialista caicoense Francisco Gomes de Medeiros, o F. Gomes, morto a tiros no dia 18 de outubro de 2010, vai a júri popular no dia 16 de março deste ano. O julgamento foi marcado pelo juiz José Vieira de Figueirêdo Júnior, substituto da Vara Criminal da Comarca de Caicó.
O júri está agendado, de acordo com o Tribunal de Justiça do Estado, para as 9h no Fórum Municipal Amaro Cavalcanti, que fica no Complexo Judiciário Maynard, localizado na Av. Dom Adelino, no Centro de Caicó. O defensor público Serjano Marcos Torquato Vale, que atualmente exerce suas funções no Fórum Varela Barca, na Zona Norte de Natal, também deve comparecer ao julgamento para fazer a defesa do ex-pastor.
Os denunciados
Segundo o Ministério Público, Gilson Neudo Soares fez parte de um ‘consórcio’ de pessoas que se uniram com um propósito: eliminar o comunicador. Além do ex-pastor, também foram denunciados o mototaxista João Francisco dos Santos, mais conhecido como ‘Dão’, o comerciante Lailson Lopes, chamado de ‘Gordo da Rodoviária’, o advogado Rivaldo Dantas de Farias, o tenente-coronel da PM Marcos Antônio de Jesus Moreira e o soldado da PM Evandro Medeiros.
João Francisco dos Santos e Lailson Lopes já foram julgados. Dão, o assassino confesso, admitiu ter puxado o gatilho. Como autor material do crime, o mototaxista foi condenado a 27 de prisão em regime fechado. A defesa não recorreu da decisão. O julgamento aconteceu no dia 6 de agosto de 2013. Ele cumpre pena na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, cidade da Grande Natal. Alcaçuz é a maior unidade prisional do estado.
Já o Gordo da Rodoviária, julgado no dia 12 de abril de 2014, pegou 14 anos de prisão. Os advogados dele recorreram da sentença e um novo julgamento será realizado em data ainda a ser definida. Mesmo assim, Lailson permanece preso. Atualmente ele se encontra no Centro de Detenção Provisória de Patu, na região Oeste do estado.
O advogado Rivaldo Dantas de Farias, também denunciado como mandante do crime e também sentenciado a sentar no banco dos réus, aguarda em liberdade que a Justiça defina uma data para o júri popular.
Quanto ao tenente-coronel Moreira e o soldado Evandro, ambos não foram pronunciados e, consequentemente, acabaram excluídos do processo. Ou seja, não são mais acusados de participação no crime.
G1/RN – http://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/noticia/2016/02/reu-na-morte-de-radialista-em-caico-ex-pastor-evangelico-tem-juri-marcado.html
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