A criação de galinhas nativas é uma das principais atividades para complemento da renda familiar no assentamento Vitória, em Campina Grande, no Agreste da Paraíba, a 133 km de João Pessoa. Um dos exemplos positivos neste tipo de atividade é a agricultora Elizabeth Bento de Souza, de 62 anos. Ela cria 150 galinhas, utilizando remédios e alimentação naturais, e consegue vender 960 ovos por mês.As galinhas de capoeira das raças pedrês, gogó de sola e pé de pena são criadas em sistema de semiconfinamento, no qual os frangos são criados parte do dia presos e parte soltos. Em 2013, Elizabeth obteve recursos do Plano Brasil Sem Miséria, que possibilitou aumentar a criação. Com o recurso, ela também adquiriu telas para cercar uma área ao redor da casa, para deixar as galinhas mais protegidas dos predadores.
A produtora informou que as galinhas são criadas sem o uso de produtos químicos. A prevenção de doenças é feita com receitas naturais, a exemplo da casca de angico, que a agricultora sempre coloca na água que as galinhas bebem, para prevenção contra gripe e febre. A alimentação também é natural. As galinhas comem bredo, capim e milho produzido no lote, sem uso de agrotóxicos.Além de consumir parte da produção de ovos e vender 80 dúzias por mês, Elizabeth também reserva os ovos maiores para fazer a reprodução. “Todo mês eu separo oito galinhas e coloco para chocar com treze ovos cada. Faço isso sempre quando a lua está cheia, pois é a melhor época”, explica a agricultora. Outra estratégia da agricultora é vender as galinhas mais velhas e os frangos, fazendo assim uma seleção com as melhores aves para a reprodução e produção de ovos.A criação de galinha de capoeira da assentada vem sendo acompanhada pela assistência técnica da Cooperativa de Trabalho Múltiplo de Apoio às Organizações de Autopromoção (Coonap), contratada pelo Incra/PB para prestar assistência aos assentamentos.
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