Oito dos nove vereadores da Câmara Municipal de
Itaipulândia, no oeste do Paraná, foram presos por desvio de dinheiro Com pouco
mais de 10.000 habitantes, a pequena Itaipulândia, no oeste do Paraná, ficou
praticamente sem vereador nesta terça-feira. Dos nove parlamentares da cidade,
oito foram presos em uma operação realizada pelo Grupo de Atuação Especial de
Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público estadual. Eles são
acusados de recebimento irregular de diárias de viagens na Câmara Municipal.Os
mandados de prisão temporária foram expedidos pelo juiz criminal da comarca de
São Miguel do Iguaçu, Hugo Michelini Junior, atendendo a um pedido do Gaeco.
Policiais prenderam inicialmente seis dos oito acusados no início da manhã e
outros dois se entregaram no início da tarde desta terça.Silvani Olivia Groth
Mendes (PV), Marlei Kaefer (PSL), Jair Jose Escher (PR), Gelson Lautert (PR),
Diacir Ferreira da Silva (PSB) e Adolfo Florencio Preis (PSB) foram encontrados
em casa e encaminhados à sede do Gaeco de Foz do Iguaçu. Vilso Nei Serena (PP),
que é presidente da Câmara, e Claudinei Vieira (PMDB) se apresentaram horas
mais tarde. O único vereador não investigado é Roberto Piano (PT)
.quatro
servidores da Câmara de Itaipulândia também foram detidos. O contador e o
ex-contador da Câmara foram conduzidos coercitivamente para depor e, em
seguida, foram liberados. O pedido de prisão dos acusados vale por cinco dias.
A investigação do Gaeco compreende o período entre setembro de 2013 e novembro
de 2015.Os policiais revelaram que os vereadores inscreviam-se em cursos para
receber diárias indevidamente, mas, em alguns casos, sequer compareciam ao
local da capacitação. "Há casos em que os vereadores se inscreviam em
cursos, de preferência, com duração de até quatro dias, registravam a presença,
mas voltavam sem participar efetivamente da capacitação. Era uma maneira de
receber mais diárias. Além disso, a preferência era por viagem para fora do
Estado, que preveem valores mais altos", afirmou um investigador do Gaeco,
que preferiu não ser identificado.De acordo com a promotoria, a Câmara de
Itaipulândia gastou 511.000 reais com diárias e 160.000 reais para pagamento de
cursos.
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