CNM alerta para os prejuízos causados pela seca nos Municípios no dia mundial de Luta contra a Desertificação e a Seca

A desertificação é um fenômeno mundial, que afeta a disponibilidade de recursos e a sustentabilidade, além de causar impactos nos meios de subsistência de 900 milhões de pessoas em todos os continentes, representando um terço das ameaças mundiais à biodiversidade. No Brasil, milhões de pessoas vivem diretamente o efeito da crise hídrica no Nordeste, esse é o quinto ano consecutivo de seca na região.Eventos extremos do clima, como secas, ventos, inundações e perturbações climáticas, amplificam os efeitos e adicionam novas causas ao ciclo de degradação. Até 10 de junho foram registradas 886 decretações de anormalidade natural em decorrência de desastres

. Destas, 671 decretações foram por causa da seca, o que equivale a 75,7% de todos decretos reconhecidos pela União deste ano.Segundo estudo da Confederação Nacional de Municípios (CNM), nos últimos três anos a seca foi o desastre natural que provocou a maior quantidade de prejuízos econômicos no Brasil. Entre o final de 2012 a setembro de 2015, o rombo ultrapassou R$ 150 bilhões, sendo que 68,8% deste valor é referente a perdas no Nordeste.Os riscos de desertificação são altos, por isso que a meta de alcançar a neutralidade da degradação do solo (land degradation neutrality) é tão importante. Esse conceito foi estabelecido na Meta 15.3 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), para se manter e até mesmo melhorar a quantidade de recursos terrestres saudáveis e produtivos.Felizmente a desertificação nem sempre é irreversível. Porém, como ela é uma ameaça global, ela exige uma ação global.