A Polícia Federal realiza na manhã desta sexta-feira (21) uma operação contra policiais legislativos do Congresso Nacional.
Os policiais são investigados por suspeita de prestação de serviço contrainteligência na tentativa de atrapalhar a investigação de políticos na Operação Lava Jato. A suspeita é de que os policiais faziam varreduras nas casas dos políticos para eliminar provas ou retirar escutas instaladas com autorização judicial.
Até o momento, quatro mandados de prisão temporária foram cumpridos. O chefe da Polícia Legislativa Pedro Ricardo Araújo de Carvalho foi conduzido coercitivamente - quando o investigado é levado a depor obrigatoriamente. Ele e seus subordinados foram pegos em ações de contrainteligência para ajudar senadores alvo de investigações do Procurador-Geral da República.
Também foram expedidos cinco mandados de busca e apreensão e quatro pedidos de afastamentos de função pública. Os mandados de operação tem como base a delação premiada de um policial legislativo.
"Os investigados responderão por associação criminosa armada, corrupção privilegiada e embaraço à investigação de infração penal que envolva organização criminosa (art. 2º, §1º, da Lei 12.850/2013). Somadas, as penas podem chegar a 14 anos e seis meses de prisão, além de multa", informou a PF.
Os policiais legislativos são servidores do Congresso Federal e atuam na segurança da Câmara dos Deputados e do Senado.
Durante a Operação Lava Jato, houve atritos entre a PF e a Polícia Legislativa e alguns senadores reclamaram da maneira como os federais vasculhavam os estabelecimentos. De acordo com fontes locais, o gabinete do senador Fernando Collor também teria sido revistado pela Polícia Federal nesta sexta-feira.
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