Os países do Mercosul assinaram nesta quinta-feira, 11 de
junho, acordo para conter e reduzir as mortes por acidentes de trânsito,
especialmente entre os jovens. Dados da Organização Pan-Americana da Saúde
(Opas) alertam para o crescimento do número de vítimas no trânsito na região.
Entre os jovens, essa já é a segunda causa de morte, e fica atrás apenas de
homicídios
.
Só no Brasil, a faixa etária de 18 a 24 anos representou 17%
do total das vítimas fatais em 2013, que chegou a 42.291 pessoas, segundo a
Organização. De 2008 a 2013, o número de internações devido a acidentes de
transporte terrestre aumentou 72,4%. Considerando apenas os acidentes
envolvendo motociclistas, o índice chega a 115%.
Em 2013, o Sistema Único de Saúde (SUS) registrou 170.805
internações por acidentes de trânsito e R$ 231 milhões foram gastos no
atendimento às vítimas. Desse total, 88.682 foram decorrentes de motos, o que
gerou um custo ao SUS de R$ 114 milhões.
Mortalidade brasileira
A taxa de mortalidade brasileira por acidentes de trânsito é
de 22,5 por 100 mil habitantes, o que coloca o Brasil na segunda posição no
ranking entre os países do Mercosul, segundo dados do Informe sobre segurança
no trânsito na Região das Américas, publicado pela OPAS em 2015. No primeiro
lugar está a Venezuela, com taxa de mortalidade de 37,2 e, em seguida, o
Uruguai e Paraguai com 21,5 e 21,4 mortes a cada 100 mil habitantes,
respectivamente.
Nas Américas, a maior proporção das mortes no trânsito
ocorre entre os ocupantes de automóveis (42%), seguidos pelos pedestres (23%) e
usuários de veículos de duas ou três rodas (15%). Como grupo, os usuários
vulneráveis de vias públicas (pedestres, ciclistas e usuários de veículos de
duas ou três rodas) representam 41% de todas as mortes no trânsito.
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