sábado, 11 de julho de 2015

Construtoras do “Minha Casa, Minha Vida” anunciam demissão de 30% dos trabalhadores

Em média, quatro mil pessoas trabalham em obras do programa Minha Casa, Minha Vida em todo o Estado
Construtoras que atuam no programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) anunciaram que, por causa do atraso no pagamento pelo Governo Federal, 30% dos empregados serão demitidos na próxima semana. Em Mossoró, as demissão por causa do atraso já estão certas.O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Mossoró (Sintracom), Francisco Neves de Brito, conta que, até a semana passada, eram homologadas, em média 80 demissões por dia. Contudo, com a promessa de pagamento, as empresas pararam de demitir os funcionários esta semana."Em média, 80% dos nossos sindicalizados trabalham em obras do programa Minha Casa, Minha Vida. Estávamos registrando muitas demissões, mas após promessa de pagamento pelo Governo Federal, uma empresas que está com obras do programa enviou documento ao Sintracom informando que vai fazer o inverso e contratar funcionários", disse o presidente.Ao todo, são, em média, quatro mil pessoas empregadas nas obras do programa em todo o Estado, sendo duas mil em Mossoró. A dívida acumulada pelo Ministério das Cidades com as construtoras por obras na faixa 1 do MCMV no RN é de R$ 13 milhões, resultado de três notas fiscais emitidas.Somente em Mossoró, estão sendo construídos quatro empreendimentos totalizando 2.304 unidades residenciais destinadas a pessoas com renda mensal máxima de R$ 1.600.

Problemas como atrasos no pagamento do programa MCMV se arrastam desde maio
Em maio deste ano, as construtoras emitiram comunicado de que iriam paralisar as obras do programa os municípios de Natal, Mossoró e São José de Mipibu devido à falta de repasse dos pagamentos pela Caixa Econômica Federal, banco responsável por receber o recurso do Ministério das Cidades e efetuar os pagamentos.O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon), Jorge do Rosário, explica que não tem acompanhado as negociações porque as empresas com obras na faixa 1 em Mossoró não são filiadas ao Sinduscon.Já empreendimentos em outras faixas do MCMV, em que atuam empresas mossoroenses, não estão com atrasos nos repasses.A paralisação das obras prejudica a entrega das moradias dos beneficiários do programa. Outro problema gerado pela demissão dos trabalhadores é ainda a diminuição do poder de compra das famílias, o que afetará outros setores.

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