Em Alagoas, ministro diz que processo de impeachment contra Dilma é 'pedalada'

Durante solenidade em que recebeu título de cidadão honorário de Maceió, na Câmara dos Vereadores, nesta sexta-feira (4), o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, classificou como "pedalada" de Eduardo Cunha a abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. "Não vejo respaldo jurídico para o pedido. Ele vem sendo embasado em pedaladas", disse Occhi, ao se referir às manobras do presidente da Câmara dos Deputados. O ministro afirmou que Dilma está tranquila, apesar das especulações nos bastidores. "A presidente é uma guerreira, que vai encarar esse processo como mais um grande desafio e vai provar que não se beneficiou em nenhum momento e não cometeu nenhum delito". Segundo ele, o processo de impeachment é passível de existir, faz parte do processo democrático, e caberá ao governo apresentar argumentos para que ele não prossiga. "Vamos trabalhar por um novo momento. É a intenção de todos. Queremos que o Brasil cresça e melhore". Na oportunidade, Occhi disse que, apesar da crise, recursos para as obras federais em Alagoas permanecem garantidos. "Permanecem garantidos os recursos para a Adutora do Agreste, que é uma obra que vai beneficiar oito cidades, com conclusão em dezembro, para o quarto trecho do Canal do Sertão. O acordo com o governo está sendo cumprido, pois sabemos da importância dessas obras para Alagoas". Gilberto Occhi recebeu título de cidadão honorário após proposta do vereador Silvio Camelo (PV). Em Alagoas, o ministro foi advogado e superintendente da Caixa Econômica Federal. No ano passado assumiu o Ministério das Cidades e depois foi conduzido para a pasta da Integração Nacional.