sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Método de notificação federal de infecções por zika pode mudar

Para realmente ter certeza sobre o número de pessoas atingidas pelo vírus da zika, o Ministério da Saúde deverá analisar os dados coletados nos chamados laboratórios sentinela e, a partir daí, uma decisão será adotada sobre o formato de notificação da doença.

Como não há um kit de diagnóstico que consiga identificar a presença de anticorpos de zika no sangue, o acompanhamento da infecção é feito por meio de centros avançados de pesquisa. Unidades de atendimento escolhidas ficam encarregadas de acompanhar o número de casos atendidos e fazer exames em parte dos pacientes para serem enviados para análise de especialistas. Os dados são analisados por amostras e depois projetados para toda população. A ideia é ampliar esse número de espaços de coleta, para que essa amostra seja ainda maior.
O modelo de notificação compulsória, em que todos os casos suspeitos são notificados, desde que a presença do vírus seja comprovada na região é usado para outras doenças como a dengue e chikungunya. Estas doenças possuem sintomas bem característicos. Em contrapartida, no caso da zika, 80% dos casos são assintomáticos e as queixas apresentadas pelos pacientes podem ser confundidas com outras doenças, assim a notificação compulsória pode ser questionável.
A definição, que será tomada nos próximos dias, deverá analisar tanto os dados coletados nos centros sentinela quanto a experiência de Pernambuco e Bahia, que já adotaram a notificação universal.

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