terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

LIVRO: A LENDA DO SALTO DA ONÇA SERÁ LANÇADO DIA 05 DE MARÇO

O livro trás uma versão completa e inédita da lenda da onça. Conta desde a distribuição das  sesmaria até a chegada de Ana de Pontes a fundadora da cidade. Vários escritores reproduziram esta lenda de forma resumida.

Cada cidade tem suas características peculiares e uma delas é a forma como é chamada ou como fica conhecida na região. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, existem hoje cinco mil, quinhentos e setenta municípios no Brasil.
Abre aspas para o escritor
“O meu fica situado no estado do Rio Grande do Norte e é um dos trinta e três chamados de Santo Antônio, mas em séculos passados foi chamado de “Padre Miguelinho”, “Santo Antônio do Salto da Onça” e antes de sua emancipação era conhecida apenas por “Salto da Onça”.
Até hoje não se sabe com certeza os motivos que levaram a essas mudanças nem se existiu uma onça de verdade. O fato é que existe o mito e ele alimenta a curiosidade das pessoas e a cultura regional.
Hoje em volta das pedras onde supostamente ocorreu o episódio, foi construída uma praça que recebe diariamente a visita de pessoas vindas de várias partes do país, fomentando o turismo local e mantendo a lenda viva no imaginário das pessoas nascidas e residentes na região.
Tenho lido vários artigos em sites, blogs e livros escritos por pessoas renomadas que recontaram a história desse mito, mas de forma divergente e tão resumida que cabe dentro de um só parágrafo.
Por trás deste acontecimento existiu um conjunto de fatores que ficaram obscuros e precisam ser esclarecidos para que sejam encontrados os elos que estão faltando. Em 1941 Anfilóquio Câmara, escreveu no livro do departamento de estatísticas do governo do estado do Rio Grande do Norte, (Cenários Municipais), toda situação administrativa, sociocultural, demográfica, econômica, física e política do município, mas em nenhum momento ele citou o “salto da onça”. O escritor Nei Leandro de Castro escreveu no romance: “As Pelejas de Ojuara”, lançado em 1986 pela editora Nova Fronteira do Rio de Janeiro, uma versão completamente equivocada, onde a onça foge de forma vergonhosa, não sendo abatida pelo personagem principal da trama.
Mas como falei, é apenas um romance e não tem responsabilidade nenhuma com a veracidade histórica do fato ocorrido em solo agrestino. Portanto, Tomei a liberdade de transcrever as versões contadas em blogs regionais e nos livros de Manoel Dantas, Câmara Cascudo, Goreth Orrico, Marcus Cesar, Gelson Pessoa e Gumercindo Saraiva, que são alguns dos escritores que de forma superficial trataram deste assunto.
O fato de ter nascido às margens do rio Jacu e ter crescido em volta das pedras onde o fatídico episódio pode ou não ter acontecido, me faz herdeiro do mito e me dar o direito de também acrescentar minha versão.
Sou Neto de Vitorino Francisco de Souza e Josefa Augusta de Souza que eram proprietários do Sitio Tinguijado, local que dista aproximadamente, a trezentos metros do lugar onde o salto ocorreu.
Hoje, este sítio pertence por herança a minha mãe, Maria José da Silva. A versão principal que apresento nas páginas deste livro, foi contada por meus avós e segundo eles, ouviram tantas e tantas vezes de seus antepassados. Não tenho a pretensão de fazer dele uma obra científica, quero apenas apresentar uma versão completa, através de uma leitura simples e agradável. Baseado nas várias versões apresentadas cabe a você leitor, tentar elucidar esta lenda, tirando suas próprias conclusões e acreditar na versão que achar mais conveniente ou não acreditar em nenhuma delas”.

Francisco de Assis da Silva

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