Fracionamento de salários motiva paralisação de advertência de servidores estaduais

Os servidores públicos estaduais paralisaram suas atividades nesta quinta-feira (29). De acordo com Manoel Egídio, Coordenador-Geral do Sinsaúde, a paralisação é de advertência e a pauta é o fracionamento dos salários, que começaram a ser pagos dia 6 e só terminaram no último dia 26. Não há previsão de quando o pagamento de outubro será efetuado.O governo justificou o fracionamento com a frustração na arrecadação de pagamento do fundo de participação do estado, porém, segundo Manoel, poderiam ser cobradas as dívidas ativas de grandes devedores para que se estabeleça uma melhoria na ordem financeira.

Vários sindicatos aderiram à paralisação, entre eles estão os sindicatos da saúde, da administração direta, associação de bombeiros, policial civil e agentes penitenciários. Aconteceu uma assembleia hoje (29), na Praça Pedro Velho, na qual deliberaram e aprovaram a realização de um acampamento na Governadoria dia 6 e outra paralisação dia 21 de outubro.Essa segunda paralisação ocorrerá para discutir as medidas tomadas durante o mês e, caso não haja propostas ou medidas tomadas pelo governo, será discutida e votada a possibilidade de uma greve geral no estado. A expectativa para o acampamento do dia 6 é que ocorra uma conversa com o governo e uma reunião com a tributação.Egídio chamou atenção para a situação em que se encontram os servidores, os quais têm hoje geração de multas e dívidas por atraso nos pagamentos. “As pessoas têm compromisso com água, luz e alimentação da família, tudo isso está comprometido. O mês agora tem mais de 30 dias na nossa vida, então se o trabalhador se programa para ter suas contas pagas em 30 dias, ele tem um prejuízo enorme nessa programação e na sua vida”, lamenta Manoel.